domingo, dezembro 10, 2006

Drs, desempregados e solteiros...

... a população jovem portuguesa é assim retratada num estudo divulgado a semana passada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que abrangeu ao anos entre 1991 e 2004. Caras tigresas, parece-me que esta análise traduz, em parte (uma vez que nenhuma de nós está desempregada) aquilo que nós somos. Ora vejamos, todas temos licenciaturas (algumas com mais ou menor dificuldade em tirá-la), portanto, segundo o pensamento (errado) português, somos doutoras. Somos solteiríssimas da silva... pois é, a média dos casamentos da nossa geração anda nos 25,7 anos para as raparigas.

Por outro lado, diz o estudo que os divórcios estão em alta, ou seja, o casa descasa é muito comum nesta jovem geração adulta do pós 25 de Abril. Mais... apesar de serem mais habilitados em termos escolares, os jovens nem sempre conseguem a independência total. Mesmo quem não está desempregado por vezes debate-se com baixos salários, com despesas enormes e, penso que o tal estudo também aborda isso, cada vez se sai mais tarde de casa dos pais.

Um dos maiores riscos desta nova situação social tem a ver com a opção por se ter filhos cada vez mais tarde. As gerações não se renovam, o número de população jovem diminui (são menos oito por cento, ou seja, um quinto da população portuguesa) e a longevidade é cada vez maior. Todos estes factores levam ao envelhecimento da população, à redução da mão de obra activa, das contribuições ao Estado e depois lá vem José Sócrates tomar medidas drásticas, como acabar com sub-sistemas de saúde e afins. Parece que também culpados da crise...

Não há só aspectos negativos desta geração (que alguém chamou “rasca” ?!?!?!) – se o consumo de álcool continua elevado, a SIDA e a toxicodependência são baixas, o que pode revelar jovens mais informados.
Revêem-se nesta análise, tigresas?

1 comentário:

Anónimo disse...

A nossa geração está a sofrer as consequências de uma má politica durante largos anos e por este caminho não sei onde vamos parar. Na minha opinião são necessárias medidas de incentivo à natalidade, caso contrário a população portuguesa será cada vez mais envelhecida....