domingo, outubro 29, 2006

Gosto imenso de um ditado que diz assim:

Não há sábado sem sol, domingo sem missa e segunda-feira sem preguiça.

É bem verdade. Desde há muito tempo que tento reparar se os sábados têm sempre sol. E têm mesmo! Até naquelas alturas de tempestades, chuvas, neblinas, há sempre uma raio de sol que vem espreitar...

Lembrei-me de tudo isto porque é domingo. Os domingos são sempre tão calmos e iguais que até chateiam. Detesto os domingos. Só me fazem pensar parvoíces e enfim....

... e lembrei-me de uma coisa. As preferências nas cores dos olhos. Sempre tive tendência para olhos castanhos ou castanhso muito escuros, que gosto imenso. Mas cheguei à conclusão que a minha predilecção são os olhos azuis. Olhos de água. Que ao olhar olhos nos olhos é como megulhar num imenso oceano refrescante e acolhedor.

Vamos lá ver o que me espera o próximo domingo.

quarta-feira, outubro 25, 2006

Voar



Hoje estou a pôr a escrita em dia.

Nestes dias de chuva (que eu tanto gosto) tenho lido. Vieram parar-me às mãos dois livros de Luís Sepúlveda, História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar e O Velho que lia Romances de Amor.
São dois livrinhos pequenos mas muito giros. O primeiro termina com uma frase que diz assim: “só voa quem se atreve a fazê-lo” e é disso que vos vou falar hoje: voar.

Tenho esse sonho desde criança: voar. Voar na verdadeira acepção da palavra. Mas também aquele voar feito de coragem e atrevimento para realizar os nossos sonhos!

Como será bom ver o mundo lá de cima. Gostava tanto de ser pássaro! Gostava mesmo. Poder rodopiar ao sabor das correntes de ar e sentir uma sensação de liberdade única. Penso que voar será isso. Liberdade.
- Imaginem o vento a acariciar-vos suavemente o rosto ao ponto de levar o cabelo todo para trás das orelhas, e o vossos braços como se fossem um leme que vos permite levantar, baixar, ir para a direita ou para a esquerda, tudo à vossa vontade e prazer… -

Em criança arranjava lençóis e cortinados que colocava aos ombros e com os quais corria até levantar o tecido do chão, tal qual umas grandes asas de pássaro. E voava. Já mais crescida voei de helicóptero. Adorei. Adorei. Adorei. Foi uma das sensações mais fantásticas que tive até hoje. Foi tão boa a surpresa que só tinha vontade de dar gargalhadas e gritar UAUUUUUUU!!!, YESSSSSSSSSSSS e coisas do género.

Um amigo meu que tem um parapente diz que um dia me leva com ele. E querem lá ver: azar dos azares! Estou cheia de medo que um dia isso aconteça! É que descobri que tenho vertigens! Vertigens e atracção pelo abismo! Mas podem ter a certeza, vou atrever-me!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Enquanto os sonhos não se pagam






Cá estou eu de novo!
Como vocês bem sabem, o que mais gosto de fazer na vida é viajar. Às vezes penso que sou uma sortuda. Já visitei um par de países! O pior de tudo e para meu desespero é que gostaria de visitar muitos e muitos mais. A crise é grande e temos de fazer opções.

Como sabem estou a aprender italiano. É claro que isso tem uma finalidade. Um dos sonhos da minha vida é viver em Florença, a minha cidade europeia favorita. Sonhei anos a fio em conhecê-la, li guias, livros, vi documentários…. Até que o meu sonho se concretizou e fiquei fascinada. Decidi na altura que era ali que queria viver. Estou certa que isso irá acontecer um dia.

Mas ultimamente tenho ouvido uma voz. A da Meryl Streep -“I have a farm in Africa”- e voltei a ter uma vontade imensa em visitar aquele continente. Há uns anos atrás perdi a oportunidade de visitar Africa do Sul quase de borla, ou seja, só pagava as viagens. Quando penso nisso até me dá raiva! Como este ano não tive férias, estou a pensar visitar no próximo ano um país africano. Tunísia, Marrocos… já me estão a imaginar em Casablanca naquelas casas coloniais com abanicos enormes, cabeças de leões, dentes de elefantes e coisas do género! Não querem vir também? Gostava de saber a vossa opinião sobre esse continente que foi tão importante para nós!

Bom, parece-me que antes de chegar a Florença terei de fazer umas quantas viagens antes; serão pequenos percalços numa caminhada que me levará a Itália.

Tenho muitos outros sonhos, mas hoje fico-me por aqui.

Viagens e Amigos

Ando inspirada estes dias. Esta chuva faz-me bem ao corpo e à alma.

Faz hoje um ano que regressei de Macau. A minha primeira viagem ao outro lado do mundo. Fiz a viagem sozinha ida e volta. Mas hoje quero confessar-vos o medo que senti. E a solidão.

Medo. Medo de quê? Medo do avião cair. Medo de ser raptada. Medo de me perder. Medo por falar tão mal o inglês e nada de chinês e de não me fazer entender. Mas principalmente, o medo de desaparecer sem deixar rasto e todas as implicações familiares....

Solidão. É horrível não conhecer ninguém. Não ter ninguém com quem falar. Sorrir. Partilhar. Todos nos olham indiferentes ou desconfiados.

Foi tão bom ter uma pessoa à minha espera de sorriso rasgado e abraço apertado.
É bom ter amigos. Reconfortante. Podermos confessar o pior dos nossos pecados, ou a mais inocente atitude. Cumplicidades...

Tudo isto a propósito do nosso(a) visitante anónimo(a). Neste blog temos aberto o nosso coração de Tigresas, temo-nos divertido um pouco à conta da blogosfera, que tanto está na moda. Quando de repente nos deparamos com alguém que espia as nossas "conversas". Sentimo-nos como que apanhadas em flagrante delito. Damos volta à cabeça: quem será, será homem ou mulher, estará na mesma cidade que nós? Etc, etc.

Como somos descaradas, convidamos o(a) nosso(a) anónimo(a) a identificar-se. Pelo menos assine um nome. Assim já o(a) podemos tratar por tu, é que um anónimo(a) é muito impessoal.
A verdade é que gostamos da sua presença entre nós. Até nos dá mais vontade de escrever, imagine! De dizermos mais coisas sérias e outras tantas parvoíces!
Um, dois, três…. Começou a contar o tempo. É que além de querermos saber quem é, queremos fazer-lhe um convite!

domingo, outubro 15, 2006

Cambalhotas

Tigresas temos um(a) visitante que comenta os nossos posts! Fantástico! Seja bemvindo a este espaço de cumplicidades. Avisamos que cada uma de nós tigresas tem a "pancada". EhheEhhe...

Bom, como sabem, têm sido tempos dificeis para mim. Hoje, finalmente, já me encontro bastante aliviada.
O que irei fazer a seguir?... Sim, parada não vou ficar. Já estou a aprender italiano, também preparo um projecto que ainda não posso revelar, talvez no fim do ano vos fale nisso... queria ir para umas aulas de dança...

Mas o que me apetece mesmo é dar umas cambalhotas! Percebem? Cambalhotas! Pra esquerda, pra direita, pra frente, pra trás! cambalhotas!

Estive a consultar um site na internet (sim porque aqui encontramos de tudo) que aconselhava vivamente as cambalhotas! Verdade! Não se riam, estou a falar a sério!
Fazem bem à coluna, à postura e previnem o envelhecimento precoce das articulações.

Ah! já me esquecia, principalmente fazem bem ao ego. Sabem porque? Dão brilho ao cabelo! Estão a ver cabelos brilhantes, saudaveis, perfumados...

Tigresa loira tas com imenso brilho no cabelo! andas a dar muitas cambalhotas!

Não sou a única conservadora

Eu, conservadora!!!!!

Por motivos que não interessa divulgar este sábado à noite fiquei em casa. As minhas caras colegas tigresas convidaram-me para ir ao lançamento de uma nova revista em Elvas. Por incrível que pareça - é que eu sou muito curiosa - resisti à tentação de conhecer o novo projecto.
Em casa aproveitei o serão para devorar o novo jornal “Sol” do meu “ídolo” José António Saraiva. Entre a sua crónica do 1ª caderno, que não dispenso e admito que tinha saudades, e o relato da sua saída do Expresso na revista “Tabu” li muitos outros artigos e entrevistas de interessa deste novo projecto editorial que veio revolucionar a imprensa escrita. Como sempre não dispensei a interessante e arrojada entrevista da página 2 do 1º caderno. Nesta encontrei uma personalidade feminina diferente na sociedade actual, que tal como eu, assume que nunca fumou um charro. Tudo isto para vos dizer que afinal de contas não sou a única CONSERVADORA do país. Não censuro nem nunca censurei quem o faz ou fez. Admito que já tive curiosidade e que a certa altura achei que estava à margem de minha geração por não o ter feito e “se calhar continuo”... Finalmente encontrei alguém que tal como eu assume que nunca fumou, nem nunca deu uma passa – “que retrógrada!!!! Dizem vocês”. Finalmente posso dizer “não sou a única” e revelar que nunca o fiz por ter receio de me viciar tal como me viciei no tabaco que não consigo deixar….

PS: Muitos parabéns à tigresa fora de lei (terminou o curso). Muito obrigada pelo excelente almoço em Arraiolos.