quarta-feira, outubro 25, 2006

Voar



Hoje estou a pôr a escrita em dia.

Nestes dias de chuva (que eu tanto gosto) tenho lido. Vieram parar-me às mãos dois livros de Luís Sepúlveda, História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar e O Velho que lia Romances de Amor.
São dois livrinhos pequenos mas muito giros. O primeiro termina com uma frase que diz assim: “só voa quem se atreve a fazê-lo” e é disso que vos vou falar hoje: voar.

Tenho esse sonho desde criança: voar. Voar na verdadeira acepção da palavra. Mas também aquele voar feito de coragem e atrevimento para realizar os nossos sonhos!

Como será bom ver o mundo lá de cima. Gostava tanto de ser pássaro! Gostava mesmo. Poder rodopiar ao sabor das correntes de ar e sentir uma sensação de liberdade única. Penso que voar será isso. Liberdade.
- Imaginem o vento a acariciar-vos suavemente o rosto ao ponto de levar o cabelo todo para trás das orelhas, e o vossos braços como se fossem um leme que vos permite levantar, baixar, ir para a direita ou para a esquerda, tudo à vossa vontade e prazer… -

Em criança arranjava lençóis e cortinados que colocava aos ombros e com os quais corria até levantar o tecido do chão, tal qual umas grandes asas de pássaro. E voava. Já mais crescida voei de helicóptero. Adorei. Adorei. Adorei. Foi uma das sensações mais fantásticas que tive até hoje. Foi tão boa a surpresa que só tinha vontade de dar gargalhadas e gritar UAUUUUUUU!!!, YESSSSSSSSSSSS e coisas do género.

Um amigo meu que tem um parapente diz que um dia me leva com ele. E querem lá ver: azar dos azares! Estou cheia de medo que um dia isso aconteça! É que descobri que tenho vertigens! Vertigens e atracção pelo abismo! Mas podem ter a certeza, vou atrever-me!

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu e as tuas estátuasinhas... Ass M